segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

HORA DE VERÃO

Já seis e meia
e o dia não anoitece
Gosto disso, do verão
Um sol teimoso que fica
A lua malandra estica
Preguiça também no mar.
Corpos jogados na areia,
nem bronze, nem boto
Nem sereia
Gente mesmo, bichos soltos
Não despidos, como os outros
só porque a lei não deixa...
Alguma sombra de nuvem
Alguma lata na areia
Sobras de um dia quente
Se não se gosta, perdoa
É bom às vezes ser "caco"
Vagaba, um bicho à toa.
Depois vai chegar um cinza
Ou róseo manchar de céu
O sol exausto se muda
Pr'um outro lado lá longe
Prefiro dizer assim
Se a terra é o que roda
Isso é geografia
Fico com a fantasia
Poeta muda onde acha
Faz da noite um fim do dia
Ou da tarde, soneca ligeira
Ocaso não vem ao caso
Assim se faz poesia.

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